quinta-feira, 10 de março de 2016

CNBB manifesta preocupação com momento atual e defende diálogo

Com o argumento principal de que, para vencer a crise política, o que o Brasil precisa de ‘diálogo à exaustão‘, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota nesta quinta-feira, (10), sobre o momento atual do Brasil, manifestando ‘preocupações‘ com a ‘ausência de valores éticos e morais‘ que norteiam ‘uma profunda crise política, econômica e institucional‘.
O texto defendeu que é dever do Congresso Nacional e dos partidos políticos ‘fortificar a governabilidade‘. ‘Se ficar ingovernável, vai ser difícil que o Brasil seja um país social, em que a paz é o valor primordial‘, disse Rocha, salientando, porém, que o órgão não tem posicionamento partidário.
A CNBB afirma ainda que as ‘manifestações populares são um direito democrático que deve ser assegurado a todos pelo Estado‘, e, de acordo com o presidente da entidade, Dom Sergio da Rocha, ‘adversários políticos não podem se tornar inimigos‘.
O vice-presidente da CNBB, arcebispo Dom Murilo Krieger, afirmou que ‘há momentos em que as pessoas perdem o bom senso, querendo defender sua opinião de forma tão veemente que esquecem do respeito ao outro e, assim, ferem-se mutuamente‘. Na nota, os bispos do Conselho Permanente da CNBB sustentam que o momento ‘não é de acirrar ânimos‘.
Sem defender governo ou oposição, a CNBB se disse a favor da democracia e que ‘as suspeitas de corrupção devem ser rigorosamente apuradas‘. Para a entidade, a superação da crise passa pela recusa sistemática de toda e qualquer corrupção. Sobre a condução coercitiva do presidente Lula, limitou-se a dizer que ‘defende o que está dentro da legalidade‘, embora ‘não seja um procedimento normal, do dia a dia‘.
O bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, elogiou a atuação da Polícia Federal e do Ministério Público no combate às irregularidades. ‘São importantes para uma sociedade mais transparente e têm dado contribuições significativas. Vamos apoiar até o fim, senão não teremos justiça‘.

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