segunda-feira, 1 de março de 2010

Aids pode ser erradicada em 40 anos, diz estudo

Testes em massa e uso do ‘coquetel’ são o caminho para combater transmissão do HIV

Rio - Cientistas afirmam que o uso em massa de antirretrovirais que compõem o coquetel contra a Aids pode erradicar a doença em 40 anos. Segundo os pesquisadores, testar todas as pessoas com risco de infecção e dar medicação para todos os casos de HIV são ações que interromperiam 95% da transmissão do vírus em 5 anos. Atualmente, a Aids mata dois milhões de pessoas por ano.

“Se utilizarmos os antirretrovirais eficientemente é possível conter o contágio em cinco anos. Os antirretrovirais no mercado são muito eficazes e produzem poucos efeitos colaterais, mas o problema é que os utilizamos apenas para salvar a vida das pessoas infectadas e não para frear a pandemia”, explicou o autor do estudo, Brian Williams, no congresso anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência em San Diego, Califórnia.

Segundo o epidemiologista sul-africano, os antirretrovirais permitem reduzir a concentração do vírus HIV no sangue em 10 mil vezes. Esta forte redução da carga viral faz com que o risco de transmissão do vírus seja 20 vezes menor.

A proposta do epidemiologista será testada em 2011 em um estudo clínico que acompanhará milhares de pessoas na África do Sul, em região com alta incidência de HIV e Aids. A pesquisa não será a única: os EUA farão estudo semelhante.

“Nossa melhor esperança a curto prazo é a de utilizar os antirretrovirais não só para salvar pacientes, mas também para reduzir a transmissão do HIV. Acredito que com essa medida podemos efetivamente parar a transmissão”, disse o pesquisador. Ele argumenta que o “bloqueio da transmissão só pode ser feito com um programa ou serviço de testes exaustivos, seguido de um tratamento rápido com antirretrovirais a todos com diagnóstico para HIV positivo”.o dia

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