A juventude do século 21, a mesma do "pega mas não se apega", do "ficar" e outros neologismos um tanto criativos, parece ter um lado contraditoriamente conservador. A pesquisa mais recente realizada pelo Núcleo de Pesquisa Aplicada e Serviços da Universidade da Amazônia (Unama), o DataUnama, sobre criminalização e descriminalização do aborto, mostra que a maioria dos jovens considera aborto crime, especialmente por conta de valores religiosos - os católicos são os líderes dessa turma, vale dizer, e o impedimento legal do ato é das justificativas menos citadas. Com relação à legislação vigente no país sobre o tema, quase metade dos entrevistados acha que tudo deve ficar como está, mas não demora a apontar o Estado como responsável maior pelos abortos clandestinos. A maior parte deles avalia que a mulher não tem direito a decidir sobre o próprio corpo quando o assunto é aborto, mas quando questionados sobre quem deve dar a amarga palavra final sobre fazer ou não fazer, dizem que apenas a mulher é quem deve decidir - o "casal" fica em segundo plano na amostragem... Mais
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