“Quando uma mulher disputa uma eleição e toma posse, ela superou as fortes barreiras da histórica alienação – provocada por pais, irmãos, namorados, maridos – e toda sorte de preconceito que a nossa sociedade criou em relação à presença feminina”
Por Rebecca Garcia
A posse e os primeiros meses de gestão da presidenta Dilma Rousseff, primeira mulher a ocupar o cargo mais alto do Brasil, a escolha de Miriam Belchior para ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, com a enorme responsabilidade de projetar o futuro nacional, além da chegada, mais recentemente, da senadora Gleisi Hoffmann à chefia da Casa Civil, mostram uma grande mudança na posição feminina na política brasileira.
Fui honrada pela presidenta, após escolha dos diversos partidos que compõem a base aliada na Câmara dos Deputados, com a nomeação para o cargo de vice-líder do governo na Casa, o que me torna também a primeira mulher a ocupar tal posto.
No interior do meu estado, por outro lado, temos mulheres prefeitas, vereadoras e abre-se um leque enorme, a ser revelado na próxima eleição, com candidaturas que vão consolidando nossa presença na política.
É gratificante observar que, nessa trajetória toda, as mulheres têm emprestado qualidade ao serviço público. Explica-se. Quando uma mulher disputa uma eleição e toma posse, ela superou as fortes barreiras da histórica alienação – provocada por pais, irmãos, namorados, maridos – e toda sorte de preconceito que a nossa sociedade criou em relação à presença feminina. Assim, a luta para vencer tantos obstáculos acaba se transformando numa espécie de musculação moral e da personalidade.
A revolução silenciosa percorre os bancos das universidades. Tenho observado que, em quase todos os cursos, as mulheres são maioria. Isso trará e já está trazendo reflexos positivos para a igualdade de gênero no futuro. A qualidade da formação é aliada fundamental nesse processo... continue lendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário