quinta-feira, 3 de março de 2016

Morte de ex-jogador levanta polêmica sobre consumo de carne de porco

A morte do ex-atacante Leonardo, de 41 anos, na terça-feira (1), trouxe luto para o mundo do futebol e recolocou em pauta um tema que vem sendo muito estudado pela medicina, mas que ainda não está superado: doenças causadas por alimentos contaminados. No caso do ex-futebolista, a neurocisticercose.
Segundo relatos, a causa da doença foi o fato de Leonardo — ídolo do Sport Club Recife, entre outros clubes — ter ingerido carne de porco contaminada com cisticercos, ovos que irão originar a Tênia solium, parasita que se aloja no organismo do porco e também em humanos. A tênia se desenvolve apenas no intestino. Se ficar restrita a esse órgão, a doença é chamada de cisticercose.
Conforme explica o infectologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Paulo Olzon, o cisticerco pode se infiltrar no intestino ou chegar ao sistema nervoso central, atingindo o cérebro, provocando aí a neurocisticercose. Quando isso ocorre, segundo ele, a situação é mais grave.
— O grande problema é que muitas pessoas hoje desenvolvem neurocisticercose [ou outras moléstias provenientes de microrganismos] porque compram carne em abatedouros clandestinos ou os animais são criados em casa, onde não há o cuidado adequado. Às vezes, o animal se infecta, a família o abate para uma festividade e ele está contaminado.  
— A carne de porco é saudável, desde que seu corte seja comparado a um similar de outro animal. Um lombo suíno tem até menos gordura do que uma mesma quantidade de picanha bovina, porque a carne de dentro do porco é puro filé suíno, não tem gordura, é seca. A picanha tem gordura por fora na capa e no músculo. O lombo só tem a capa de gordura por fora. fonte R7

Nenhum comentário: