segunda-feira, 18 de abril de 2016

Imprensa europeia vê Carnaval e "insurreição de hipócritas"

Deputados aos berros e tirando selfies não estavam à altura da situação, diz imprensa europeia ao lembrar parlamentares corruptos

O site da revista alemã Der Spiegel afirma que o Congresso brasileiro mostrou sua "verdadeira cara" e, com o uso de meios "constitucionalmente questionáveis"

O site do semanário alemão Die Zeit afirma que a votação na Câmara "mais parecia um carnaval" e que uma pessoa desavisada que visse a sessão não poderia ter ideia da gravidade da situação.

Segundo o jornal britânico The Guardian, um Congresso "hostil e manchado pela corrupção" votou pelo impedimento da presidente. "Uma derrota esmagadora", afirma o jornal, que também destaca a votação no plenário. "O ponto mais baixo foi quando Jair Bolsonaro, o deputado de extrema direita do Rio de Janeiro, dedicou seu voto a Carlos Brilhante Ustra, o coronel que comandou a tortura do DOI-Codi durante a era ditatorial", e levou "uma cusparada do deputado de esquerda Jean Wyllys".

O El País diz que a votação na Câmara foi marcada por tumulto e "cânticos um tanto ridículos às vezes" e destaca que a condução de Cunha, acusado de manter contas milionárias na Suíça com dinheiro da Petrobras, é "um sintoma da estrutura moral de boa parte do Congresso brasileiro".

O francês Le Monde destaca a "descida ao inferno de Dilma Rousseff", dizendo que até as últimas horas "ela acreditou" no voto dos 54 milhões de brasileiros que a elegeram em 2014. Segundo a publicação, Dilma paga por "erros econômicos, diplomáticos e políticos que ajudaram a fazer dela a chefe de Estado mais impopular da história da jovem democracia brasileira". Resumo do terra

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